sábado, 6 de outubro de 2012

No cinema da década de 1990

 
 
No cinema da década de 1990, o "pop" casa-se com o "clássico" nas telas. A palavra de ordem é diversidade. O Silêncio dos Inocentes entra para a História ao ganhar os cinco principais Oscares; Forrest Gump apresenta um astro definitivo, Tom Hanks; Quentin Tarantino é revelado como um dos grandes gênios da modernidade e muda o rumo dos acontecimentos ao revolucionar com Pulp Fiction; e Sharon Stone cruza fatalmente suas pernas em Instinto Selvagem.
A platéia se toca com histórias sensíveis, como a de The Piano e Magnolia. Tom Hanks ganha dois Oscares consecutivos e Julia Roberts se torna a musa da década ao estrelar Pretty Woman.
No Brasil, o cinema é novamente tratado como assunto sério e Central do Brasil conquista a crítica do mundo todo, vencendo o Festival de Berlim e o Globo de Ouro.
 

1990

Martin Scorsese mais uma vez inaugura a década, com seu grande sucesso Goodfellas (Os Bons Companheiros, no Brasil, e Tudo Bons Rapazes, em Portugal).
Demi Moore e Patrick Swayze vivem uma história de amor que ultrapassa os limites da vida, em Ghost (Ghost - Do Outro Lado da Vida), que dá a Whoopi Goldberg o Óscar como melhor atriz coadjuvante.
O ator Kevin Costner dirige um épico sobre os indígenas norte-americanos, Dance with Wolves (Dança com Lobos), ganhador de sete prêmios da Academia.
Francis Ford Coppola completa a trilogia O Poderoso Chefão, com The Godfather Part III (O Poderoso Chefão 3).
Glenn Close e Jeremy Irons protagonizam Reversal of Fortune (O Reverso da Fortuna) e Robin Williams e Robert De Niro se encontram no tocante Awakenings (Tempo de Despertar).
Após entregar Dangerous Liaisons (Ligações Perigosas), Stephen Frears coloca Anjelica Huston e John Cusack como trapaceiros da pior espécie em The Grifters (Os Imorais).
Johnny Depp mostra seu talento em "Edward Scissorhands" (Edward Mãos de Tesoura) de Tim Burton, sendo indicado ao globo de ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia/Musical.

1991

O ano é de Jodie Foster e Anthony Hopkins, que recebem Óscar por The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Inocentes).
O diretor e roteirista Oliver Stone causa polêmica com JFK (JFK - A Pergunta que não Quer Calar) ao tocar diretamente no episódio mais intrigante da história norte-americana.
A Disney concretiza sua retomada com o musical de desenho animado Beauty and the Beast (A Bela e a Fera).
Ridley Scott faz de Geena Davis e Susan Sarandon uma das duplas mais marcantes do cinema, em Thelma and Louise, responsável também por tornar Brad Pitt famoso dentro e fora das telas.
Os irmãos Joel Coen e Ethan Coen fazem história no Festival de Cinema de Cannes com o filme Barton Fink (Barton Fink - Delírios de Hollywood).
Arnold Schwarzenegger interpreta um bom moço diferente em Terminator 2: Judgement Day (O Exterminador do Futuro 2), que provoca uma corrida em Hollywood por efeitos especiais cada vez mais aperfeiçoados.

1992

Michelle Pfeiffer encarna a Mulher-Gato em um uniforme colante e deixa o Batman de Michael Keaton apaixonado.
Clint Eastwood retorna à boa forma com Unforgiven (Os Imperdoáveis), um faroeste com Morgan Freeman e Gene Hackman.
Al Pacino finalmente ganha um Oscar com Scent of a Woman (Perfume de Mulher).
Rob Reiner reúne um grande elenco, chefiado por Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore em A Few Good Man (Questão de Honra).
O acadêmico James Ivory dirige o drama inglês Howard's End (Retorno a Howard's End), vencedor de inúmeros prêmios.
O mestre Robert Altman faz uma viagem a Hollywood moderna em The Player (O Jogador), com Tim Robbins interpretando um executivo do cinema perseguido por um roteirista rejeitado. O ator e o diretor ganham os prêmios no Festival de Cannes.
Spike Lee e Denzel Washington trabalham juntos na biografia de Malcolm X.
Quentin Tarantino se lança com Reservoir Dogs (Cães de Aluguel) como diretor, roteirista e produtor. Outro personagem histórico levado às telas é Chaplin, no filme de Richard Attenborough.
Neil Jordan obtem êxito com a obra independente The Crying Game (Traídos pelo Desejo).
Michelle Pfeiffer]] e Susan Sarandon entregam performances memoráveis em Love Field (As Barreiras do Amor) e Lorenzo's Oil (O Óleo de Lorenzo), respectivamente.
Francis Ford Coppola adapta o clássico do terror em Bram Stocker's Dracula (Drácula de Bram Stocker). Sharon Stone cruza fatalmente as pernas em Basic Instinct (Instinto Selvagem) e se torna a nova musa loira de Hollywood.

1993

Martin Scorsese dirige Michelle Pfeiffer, Winona Ryder e Daniel Day-Lewis em The Age of Innocence (A Época da Inocência).
Steven Spielberg alcança a glória com o drama Schindler's List (A Lista de Schindler).
Jane Campion escreve e realiza The Piano, vencedor do Festival de Cannes.
The Fugitive (O Fugitivo) traz duelo entre Harrison Ford e Tommy Lee Jones.
In the Name of the Father (Em Nome do Pai) questiona a sociedade da Irlanda.
O acadêmico James Ivory dirige The Remains of the Day (Vestígios do Dia), com o mesmo elenco de Retorno a Howard's End.
O livro de John Grisham The Pelican Brief (O Dossiê Pelicano) leva Julia Roberts a trabalhar com Alan J. Pakula
Robert Altman aproveita boa fase com Short Cuts (Short Cuts - Cenas da Vida).
Jonathan Demme aborda a questão da SIDA (AIDS) em Philadelphia (Filadélfia), com Tom Hanks e Denzel Washington.
Robin Williams dá show na comédia Mrs. Doubtfire (Uma Babá Quase Perfeita).
O filme Groundhog Day (Feitiço do Tempo), que só foi reconhecido como um dos maiores clássicos de comédia do cinema americano uma década depois.
O cinema chinês demonstra sua força com Ba Wang Bie Ji (Adeus, Minha Concubina, vencedor da Palma de Ouro.
Holly Hunter e Tom Cruise se encontram no sucesso de bilheteria The Firm (A Firma).
Contrapondo seu lado dramático, Steven Spielberg realiza proezas em Jurassic Park (Parque dos Dinossauros), divisor de águas no quesito efeitos especiais.

1994

Quentin Tarantino torna-se um marco no cinema com Pulp Fiction (Tempo de Violência), que se torna objeto de estudo e culto de toda uma geração.
Robert Zemeckis revoluciona o uso de efeitos especiais em Forrest Gump (Forrest Gump - O Contador de Histórias), que alça Tom Hanks à condição de ídolo.
Tim Robbins e Morgan Freeman conquistam o público com The Shawshank Redemption (Um Sonho de Liberdade), de Frank Darabont.
Joel Schumacher acerta ao adaptar The Client (O Cliente), com Susan Sarandon e Brad Renfro.
O estilo inglês de fazer comédias românticas conquista Hollywood e Four Weddings and a Funeral (Quatro Casamentos e um Funeral) ganha o Prêmio César de melhor filme estrangeiro.
Tim Burton explora toda sua criatividade em Ed Wood com Johnny Depp no elenco, com fotografia em preto e branco e temática metalingüística.
Jim Carrey tem mil caretas em The Mask (O Máskara) e Keanu Reeves salva Sandra Bullock em Speed (Velocidade Máxima).

1995

O cinema italiano repete o êxito de Nuovo Cinema Paradiso (Cinema Paradiso, 1988) e conquista Hollywood com o lirismo de Il Postino (O Carteiro e o Poeta), de Michael Radford.
Os efeitos especiais e o roteiro repleto de ternura fazem de Babe (Babe, o Porquinho Atrapalhado) o sucesso do ano.
Ron Howard junta Tom Hanks e Ed Harris no drama espacial Apollo 13 (Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo).
O diretor chinês Ang Lee estréia nos Estados Unidos com Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade).
Tim Robbins ataca na direção com Dead Man Walking (Os Últimos Passos de Um Homem), mas outro ator é eleito o melhor diretor: Mel Gibson, que conquista o Oscar com o épico Braveheart (Coração Valente).
Oliver Stone dirige Anthony Hopkins e Paul Sorvino na cinebiografia Nixon. Martin Scorsese retoma a parceria com Robert De Niro, desta vez acompanhado de Sharon Stone, em Casino (Cassino).
The Usual Suspects (Os Suspeitos) é o primeiro grande filme de Bryan Singer, deX-Men.
Woody Allen surge em boa forma com Mighty Aphrodite (Poderosa Afrodite).
Clueless (As Patricinhas de Beverly Hills/As Meninas de Beverly Hills), depois de uma década se torna um dos 'novos clássicos' americanos.
A Disney e a Pixar transformam animação digital em bom negócio com Toy Story.

1996

Cameron Crowe prova ser um cineasta brilhante ao dirigir Tom Cruise no espetacular Jerry Maguire (Jerry Maguire - A Grande Virada).
Joel Coen e Ethan Coen demonstram sua genialidade com a obra-prima da comédia de humor negro Fargo, que premia Frances McDormand como melhor atriz.
Milos Forman está irreverente em The People vs. Larry Flynt (O Povo Contra Larry Flynt), sobre um episódio agitado da pornografia estadunidense.
Geoffrey Rush é o melhor ator por Shine (Brilhante), no papel de um grande pianista.
O inglês Mike Leigh é pemiado no Festival de Cannes pelo emocionante Secrets & Lies (Segredos e Mentiras).
Alan Parker coloca Madonna e Antonio Banderas no polêmico Evita.
O britânico Danny Boyle torna-se cult pelo independente Trainspotting (Trainspotting - Sem Limites).
Will Smith vira astro com Independence Day, que revoluciona os efeitos especiais.

1997

Joel Schumacher assina o mico do ano: Batman & Robin, que sepulta a cinessérie iniciada em 1989.
James Cameron chega onde quase ninguém conseguiu, com Titanic, que empata com Ben Hur em número máximo de Oscares (onze), e bate todos os recordes de bilheteria no mundo.
Jack Nicholson retorna à boa forma com a comédia As Good as It Gets (Melhor é Impossível).
O cinema noir tem um exemplar contemporâneo com L.A. Confidential (Los Angeles - Cidade Proibida), com Kim Basinger e Russell Crowe.
Gus Van Sant dirige Matt Damon e Robin Williams em Good Will Hunting (Gênio Indomável).
Steven Spielberg retorna ao drama com Amistad, e os grandes Paul Thomas Anderson e Quentin Tarantino entregam Boogie Nights (Boogie Nights - Prazer Sem Limites) e Jackie Brown, respectivamente.
Woody Allen chega ao ápice de sua genialidade com Deconstructing Harry (Desconstruindo Harry) e Martin Scorsese foge do próprio estilo com Kundun.
O cinemão tem Contact (Contato), Face/Off (A Outra Face]), Con Air (Con Air - A Rota da Fuga), Air Force One (Força Aérea Um) e Men in Black (MIB - Homens de Preto).
O Brasil desponta no cenário internacional com O Que É Isso, Companheiro?, indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
O francês Luc Besson cria o clássico da ficção científica moderna The Fifth Element (O Quinto Elemento).
teve tambem um filme chamado As Patricinhas de Beverly Hills

1998

A Inglaterra se lança como a "nova terra do cinema" e ganha o Oscar com Shakespeare in Love (Shakespeare Apaixonado), com a diva Judi Dench, e ainda tem outro representante de peso, Elizabeth, comCate Blanchett.
Steven Spielberg retoma o tema da guerra com Saving Private Ryan (O Resgate do Soldado Ryan).
A Itália de Roberto Benigni conquista a Academia com La vita è bella (A Vida é Bela), enquanto o Brasil conquista o mundo com Central do Brasil, que ganha o Festival de Berlim e o Globo de Ouro, além de confirmar Fernanda Montenegro como a grande atriz da América Latina.
Ian McKellen e Brendan Fraser discutem homossexualidade no clássico Gods and Monsters (Deuses e Monstros).
Wesley Snipes interpreta o caçador de vampiros Blade, baseado nos HQs da Marvel, ganha duas continuações e abre as portas para novas adaptações de quadrinhos para o cinema, como X-Men, Homem Aranha e Quarteto Fantástico, entre outros

1999

O ano é de Stanley Kubrick, que causou polêmica com o clássico Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), que uniu Tom Cruise à sua esposa na época, Nicole Kidman.
O estreante Sam Mendes ganha o Oscar com American Beauty (Beleza Americana), com Kevin Spacey.
Mas quem faz sucesso mesmo é o diretor indiano M. Night Shyamalan, que revoluciona o gênero suspense com The Sixth Sense (O Sexto Sentido), que põe Bruce Willis no topo e revela Haley Joel Osment.
Paul Thomas Anderson (ou PT Anderson) entrega um longo filme sobre encontros casuais e acontecimentos fatídicos: Magnolia, com Tom Cruise, Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman.
Tim Burton e Johnny Depp voltam a trabalhar juntos em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Winona Ryder e Angelina Jolie falam sobre loucura de forma lúcida, em Girl, Interrupted (Garota, Interrompida).
Matrix dos irmãos Wachowski revoluciona os efeitos especiais
George Lucas retorna com a saga espacial de maior sucesso depois de 22 anos da estreia do primeiro filme da saga Star Wars
 
 

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