terça-feira, 9 de outubro de 2012

Algumas poesia dos anos 90


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Vôo Livre (À minha Vó) 
Etienne Estrêla

É lindo ser ave,
poder voar,
sentir o vento no corpo,
sentir a carne tremer de emoção
voar, voar...
Jogar a mente buscando o mar,
o horizonte.
Voar livre sem compromisso,
sem temer a morte.
Voar a procura do amor.
Voar para o infinito
em busca da felicidade.

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***É DURO SER MIRANTE
Uilma Carla

De ônibus, de trem, de avião
não importa enfim pisei num chão
em meio a tanta agonia
andando por ruas tão frias.
Numa selva de concreto
e sem um teto
começo a andar sem parar
procuro um trabalho, dia e mais dia,
encontro gente.
Encontro um amor.
Conheço o rancor, o ódio e a decepção.
A guerra da sobrevivência ondes
ou caluniada, magoada, ferida,
em meio à dor e a cor do meu sangue
descubro a minha força e sobrevivo.
Senti no meu corpo as suas noites frias,
as famosas noites terríveis e infelizes.
É duro ser migrante,
sair em meio a tanta descrença
encontrar um mundo de solidão
não ter alguém para chamar de irmão
vi a noite pássaro sol nascer e o dia chegar
vi o meu sonho sair pelas estradas
e com ele levando os meus sonhos e ilusões
como é duro ser migrante
não se sentir gente
só mais um com frio e sem calor
andando a noite e pedindo em vão
noite seja menos fria
chuva não chova não, pois
dormindo na calçada, debaixo dos viadutos
está o homem, a mulher com o filho,
que como eu migrou em busca de algo melhore não são só migrantes, são
integrantes de uma só situação.

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